Amoroscuro recebeu adjetivações de inúmeras vozes; vozes que o sabiam, de algum modo, mapear no chão dramatúrgico, musical, biográfico e poético.
A quem entra na Sala35 desprovido de tamanha bagagem associativa, o espetáculo não emudece: o corpo do espectador é interpelado. “O público precisa ver” e DIZER.
E, como prolongamento do roteiro, sua fala se faz também pelo corpo: no arrepio entre atos, no calar-se em deslumbramento, nas palmas reverberadas. O espetáculo se constrói em ordem ilógica. Suas cenas - expressionistas, surreais - estão intrinsecamente calcadas no gesto; gesto ácido, pesado, manco, irônico e piedoso.
O palco se rasga. Os olhos de vigília partem dele, é agora violável.
Amoroscuro é tato, verbo, notas, espasmo.
"sua fala se faz também pelo corpo: no arrepio entre atos, no calar-se em deslumbramento, nas palmas reverberadas."
ResponderExcluirque vontade que deu...
aliás, você deve estar se esbaldando no festival, hein? rs... argh, por que eu perco essas coisas ? =(
beijos!
este foi o texto que vc me falou?
ResponderExcluirpoético, crítico, perceptivo!
pq eu perdi essa peça? tsc tsc...
Belíssimo texto. Poético, sonoro... Lindo mesmo.
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