segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Ana Cristina Cesar


Estamos em cima da hora.

Daydream.

Quem caça mais o olho um do outro?

Sou eu admito vitória.

Ela que mora conosco então nem se fala.

Caça, caça.

E faz passos pesados subindo a escada correndo.

Outra cena da minha vida.

Um amigo velho vive em táxis.

Dentro de um táxi é que ele me diz que quer

chorar mas não chora.

Não esqueço mais.

E a última, eu já te contei?

É assim.

Estamos parados.

Você lê sem parar, eu ouço uma canção.

Agora estamos em movimento.

Atravessando a grande ponte olhando o granderio

e os três barcos colados imóveis no meio.

Você anda um pouco na frente.

Penso que sou mais nova do que sou.

Bem nova.

Estamos deitados.

Você acorda correndo.

Sonhei outra vez com a mesma coisa.

Estamos pensando.

Na mesma ordem de coisas.

Não, não na mesma ordem de coisas.

É domingo de manhã (não é dia útil às três da

tarde).

Quando a memória está útil.

Usa.

Agora é a sua vez.

Do you believe in love...?

Então está.

Não insisto mais.

3 comentários:

  1. gosto muito desse poema...
    não gosto mais tanto de ana cristina césar.
    não gostei da sua foto nova do orkut.
    seu sobrinho é bonito,
    me fez achar seu blog por acaso...
    achei que aquela carta era só minha.
    é ironia ou piedade?
    saúde

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  2. gosto muito desse poema
    não conheço muito maisque isso da ana cristina
    também não gosto da sua foto do orkut, esconde seus olhos.
    minha sobrinha é linda
    a carta é só sua
    e esse poema também é pra você.

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  3. eu sei que é pra mim,
    o último verso denuncia...

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